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By Jô

Esmiuçando qualquer coisa especial

mês

março 2017

BALANÇO

Não sei que horas são; na verdade, não preciso saber.

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reflexoBYJÔ #58

REFLEXO DO POST “Choque -31-

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Choque -31-

Se meu intuito não for suficiente, não sei o que posso fazer a não ser continuar vivendo-o como se ele fosse a única coisa que realmente tenho, porque é verdade, ele é. continue lendo

OP #161: Sun Records

Sério, é meio que biografia continue lendo

MusiCall – O retorno metalinguístico de Emblem3

Após a saída, e retorno, de um dos componentes, o trio de amigos volta ao cenário musical com uma proposta diferente, claramente representando a nova fase. continue lendo

OP #160: Iron Fist

O quarto dos quatro continue lendo

OP #159: Snatch

Vítimas sem rosto continue lendo

EscriturAleatória LXVII

Preso no reflexo embaçado, procuro motivos para não acreditar em mim. Perco a noção do tempo, do ambiente, da luz que entra pelo buraco no telhado e pela dor abdominal que vem com o nervosismo.

Pela milésima vez, sou refém dos meus piores sentimentos, aqueles que sabotam minhas chances de ser quem passo a maior parte do meu tempo admirando. A redundância não para no fato de eu desejar algo e questionar minha capacidade de conseguir tal; ela vai muito além das minhas misérias sintéticas e guerras entre fracassos do passado e futuro.

Com a toalha sobre os ombros, demoro a encarar a necessidade de usá-la, porque sei que se avançar no processo de preparação, estarei mais próximo da hora de ir. Para a infelicidade do meu lado pessimista, eu jamais chego atrasado à nenhum dos meus compromissos, e se tratando de um degrau tão importante na minha trajetória, a valorização da pontualidade se encontra ainda mais calibrada. Por fim, saio do banheiro, enxuto por fora e um pouco menos longe da sanidade.

Ao pisar na atmosfera almejada, percebo que o visual é muito mais atraente do que o visto via Internet. Não costumo confiar totalmente nas coisas que aparecem para mim naquela tela, mas a fraqueza que fluía por mim durante as pesquisas infectaram meu senso crítico, e mais uma vez fui vítima dos exageros criados pela esfera da minha humanidade da qual não converso sobre, nem comigo mesmo.

O medo e a urgência se tornam irrelevantes a cada passo; a pintura fresca tece o otimismo sobre minha estadia na nova cidade. A apreensão com certeza voltará, mas por ora, ela é só um aspecto turvo de uma memória prematura. Contudo, todo esse conforto é repentino e deveria me assustar, mas não consigo refutar tal sensação, ela é um dos alívios mais aleatórios e bem-vindos que vêm quando meu destino resolve me dar uma colher de chá.

No caminho até ali, apertado numa Van, continuei dando atenção às minhas aberrações psíquicas, aquelas que surgem assim que uma ocasião é confirmada, e só se extinguem quando as cogitações perversas são invalidadas. Dentro do veículo, com as janelas abertas, o vento forte fazia-me lacrimejar, mas o ardor nos olhos não era mais importante do que a aproximação da possível comprovação das minhas expectativas infames.

Conhecer o local foi, além de relaxante, renovador. A fase mais recente da minha existência se consolidava ali, na revelação do seu alicerce, na afirmação de que eu passo dos limites quando aceito o lado negativo das coisas. A alegria possuía duas grandes razões: 1. Eu estava errado sobre tudo, ou quase tudo, não dar certo; 2. Eu estava diante do que selecionei visando minha prosperidade de curto e longo prazo. Desta forma, coloco-me, sem pretensão, em um estado de surrealismo, que nasce através da convergência do que eu sabia sobre o lugar e o que eu descobri sobre o mesmo. A assinatura das emoções colonizaram partes de mim que eu só via nos filmes alternativos sobre adolescentes introvertidos, e claro, suas transformações monumentais quanto as suas preposições universais.

Vontade de viver. Por mais instantânea que tenha sido, naquela explosão de maravilhas, ela só veio fazer sentido algum tempo depois, quando a fervilhação se dissipou. A índole positiva começou a me influenciar em todos os procedimentos, independentemente de qual setor eles partiam.

A harmonia, em minha vida, é sempre avassaladora. Entretanto, mesmo me dedicando igualmente à todos os aprendizados, só obtenho sucesso naqueles menos cruciais, portanto, repito os equívocos majestosos, apesar de saber qual rota devo, sem complicações, traçar para alterar essa sina. O retorno, em outra Van, é recheado por riquezas e brilhos construídos com orgulho e fé, mas estes, tão significantes e fenomenais, não serão ativados até que eu atinja o pico da ascensão na qual me localizo e, finalmente, esteja apto a testemunhar uma possibilidade inédita de crescimento.

“Nada é absoluto”. Atravessei muitas tempestades para acreditar em tal frase. Estando ciente da minha deficiência na formação de talentos de níveis mais elevados, escolho, porque posso escolher, dizer para mim mesmo que não sou tão incompetente quanto antes, e que estou evoluindo, seja lá como for, a passos de lesma.

Me permito estar contente após quebrar a cara, pois se metade das minhas previsões se concretizassem, eu não estaria relatando mais um capítulo de sobrevivência. A vida é uma obra de arte, eu sou o encarregado de pintar areia movediça sob minhas estradas; da mesma forma que escolhi sussurrar um incentivo anteriormente, escolho engolir meus defeitos e vê-los como apetrechos fundamentais da minha perseverança.

Enquanto eu demorar para sorrir, os sorrisos valerão mais a pena, e enquanto eu ainda for, do meu jeito, até o fim, minha respiração não será tão  inútil quanto penso nos meus episódios mais “corrosivos”.

OP #158: Time After Time

Viajemos, pelo tempo continue lendo

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