Será que inspiro?
Sabe, quando dou-me em escritos…
Será que são relevantes?
Essas palavras, são eternos instantes?
Será que lembro alguém de alguém?
Quando tento não me esquecer?
Será que meus arranjos vão além
Do desabafo do meu bem-querer?
Eu temo, mas persisto
Eu arraso quando duvido
Muito poema nem nasce
Ora nem confio no de praxe
Histórias de vitórias nas vitrines
Sobre corações e atenções
Eu me convenço de que ganho
Mesmo distante de todo esse ânimo
Respiro por ajuda de versos
Até os julgados mais pobres
Porque eles um dia deram certo
E eu penso depender da sorte
Enquanto o talento, aqui dentro, sofre
Querendo sair, mas nunca idolatrado
Ele é lenda só minha, sozinha, querida
Ora ecoa entre o espetáculo enlatado
O artificial é escudo
Que danifica também
O valoroso é oculto
É sede de alguém
É glória de ninguém
OP #212: Here and Now
Construir uma família continue lendo