Meu verso é nosso
Conosco, tudo toco
Beleza de todo troço
Retiro com ardor, glória
Escrevo calor, memória
Sem pudor, do topo, da escória
Faço todo tempo agora, memória
Seja futuro ou coisa antiga, escrevo
Tudo vira coisa linda, violento desejo
As dores, o caos, a felicidade plena
Os cortes, os saltos, os vários dilemas
Você se amarra no que eu amarro
E em nós, nossa noção, nunca acabo
O ponto final, meu bem, é o começo
Em mim, em ti, sempre há apreço
Lugares que bebo, vomito, enlaço
Mares que podo, que invento pedaço
Inverno alienígenas como metáforas
Minhas letras nunca são estátuas
Me desmonto sempre que posso
Ainda bem que meu verso é nosso
Josenilson Silva
Pernambucano, estudante de Letras (Pt/En) e amante de Cultura Pop. Menino do interior nada tímido que adora consumir e dar pitaco no mundo das séries. Não dispensa a oportunidade de aprender mais sobre arte e entretenimento. A subjetividade é sua maior aliada e inimiga. Dualidades inflamáveis são melhores.
6 de janeiro de 2017 at 8:55 PM
Maravilhoso esse ‘poema qualquer’ meu amigo Jô 😍
Inesquecível 😊
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6 de janeiro de 2017 at 8:57 PM
É nosso!
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7 de janeiro de 2017 at 2:59 AM
Eu me amarro com certeza ao que você, escreve! E o legal de escrever é isso, essa relação que se estabelece entre quem escreve e quem le, o texto não é só seu, é nosso (seu e de todos que leem), adorei esse poema!
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7 de janeiro de 2017 at 5:27 AM
Eu escrevi pensando nessas nossas últimas interações!
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7 de janeiro de 2017 at 4:32 PM
Que legal, Jô! Eu amei mais ainda, agora que você disse isso! 😀 😀 😀 E o pior que ficou com uma vibe muito legal esse poema! 😀
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7 de janeiro de 2017 at 5:36 PM
Ui! Belo!
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7 de janeiro de 2017 at 5:42 PM
Obrigado!
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